Escaldante

Sol de rachar: o peso da farda, do colete, do coturno...

Marcelo Martins

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O calor dos últimos dias, em Santa Maria, tem se mostrado um exercício contínuo e diário de se achar formas de minimizar o abafamento. Andar de bermuda, camisetas cavadas e roupas folgadas já parece ser insuficiente para enfrentar os dias de altas temperaturas.

Agora, imagine ter de trabalhar todo o dia com um fardamento pesado. Essa é a rotina do soldado da Brigada Militar Altamir Teixeira da Rosa. Ele é um dos designados para monitorar o Calçadão e o perímetro central da cidade. Ele caminha em média de dois a três quilômetros com uma roupa pesada. As rondas, no entanto, que só chegam ao fim após o encerramento do expediente contam com um parceiro inseparável: o colete, que pesa, em média, de 12kg a 14kg. "Dá um suador danado", admite.

O peso do colete se dá porque o material também traz uma placa resistente à prova de balas, diz. Altamir carrega consigo, no colete, um revólver que chega a pesar um quilo. Além disso, também lhe fazem companhia um bastão, um rádio transmissor, um celular operacional, um par de algemas e um bloco. Só de ouvir já deu desânimo. Mesmo que a farda lhe seja companhia há mais de uma década de profissão, os dias de verão são um tormento. Os coturnos, porém, são o incômodo.
- Há dias que os pés saem no formato dos coturnos - afirma o soldado.
Outro agravante, no dia a dia do soldado, é que o colete tem de estar bem preso ao corpo. Isso porque em caso de perseguição a algum bandido nada pode se desprender do colete.

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